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O que é racismo ambiental?

Uma das pautas mais discutidas na COP 27, evento mundial de sustentabilidade da ONU, o racismo ambiental é uma realidade que impacta diretamente a vida de vários povos em situação de vulnerabilidade. No post de hoje, te mostramos o que significa o termo. Vem ver! 

O que é o racismo ambiental?

Foto: ETEs Sustentáveis

O termo foi criado pelo ativista afro-americano Benjamin Chavis com o intuito de chamar atenção para o fato de que as populações étnico-raciais em situação de vulnerabilidade são as mais suscetíveis a sofrer com os danos das catástrofes climáticas, que tendem a atingir principalmente as regiões periféricas. 

As mudanças climáticas

Deslizamento de terra em Recife, 2022. Foto: Diego Nigro – METSul Metereologia via Revista Afirmativa

As mudanças climáticas são agravadas pela atividade de indústrias e de grandes corporações que demandam muitos recursos e emitem altos níveis de CO2 na atmosfera. 

No entanto, quem paga o preço da crise climática são as populações étnico-raciais em situação de vulnerabilidade, que possuem desvantagem socioeconômica em relação às empresas responsáveis pelo dano. 

Quem são os povos que mais sofrem com o racismo ambiental?

Foto: Antonio Cicero/Photo Press/Folhapress via Geledés

No Brasil, os grupos atingidos pelo racismo ambiental são populações de baixa renda, mulheres, povos étnicos tradicionais, operários, extrativistas, pescadores, pantaneiros, comunidades de terreiro, faxinais, negros urbanos, ribeirinhos, indígenas, quilombolas.

Dados trazidos pela ECycle ainda apontam que o índice de mortalidade dos povos quilombolas foi quatro vezes maior do que da população geral brasileira durante a pandemia da Covid-19, que também é um problema ambiental.

Um problema social

Foto: Clima Info

Além de sentirem mais os efeitos das catástrofes ambientais, as regiões onde estes povos se encontram também contam com desvantagens sociais como a falta de infraestrutura e saneamento básico, desmatamento e exploração ilegal, despejo de lixo, entre outros fatores que contribuem para o agravamento do racismo ambiental.

Dados do IBGE (2014) mostram que 78% das pessoas mais pobres do Brasil são negras. Locais onde há maior concentração de população negra tendem a ser locais mais pobres, com menos investimento e mais negligência por parte dos governantes.

Reflexo de séculos de exploração

Para combater o racismo ambiental é necessário entender que a pauta não é algo recente, e sim um reflexo de séculos de colonialismo, quando os colonizadores europeus tomavam posse de territórios já habitados pelos nativos como forma de obter controle da região. Como resultado da exploração, povos como indígenas e africanos passaram a viver nas periferias das cidades, onde muitos permanecem até hoje. 

O que fazer para combater o racismo ambiental?

Foto: Alma Preta

Cabe a nós cobrar de líderes políticos e das grandes empresas que tratem como urgência a adoção de protocolos de sustentabilidade para reverter os danos da crise climática. Além disso, é nosso papel exigir políticas públicas de inclusão que auxiliem a reduzir o abismo social entre os diferentes povos.

O planeta Terra é a casa de todos nós, e devemos deixar um lugar seguro, limpo e sem injustiças para as futuras gerações.  

E aí, você já tinha ouvido falar em racismo ambiental? Conta pra gente nos comentários!

1 comentários

Obrigada pela oportunidade de poder participar de temas tão importantes como este Racismo Ambiental, vivido por nosso povo! sou uma defenssoura nata dessa luta!

Maria José Silva (Zezé do povo)

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